A história da Dona Zulia
Um belo dia PC acordou atrasado para ir para escola, eram 6h55 e ele tinha que estar na porta da Escola Professor Bilingosvaldo Govaldini Carneiro até às 7h10, o horário máximo de tolerância. Escovou os dentes e nem tempo de vestir seu uniforme ele teve.
Sua mãe Cássia falou para PC tomar o leite que ela tinha preparado, mas ele não quis tomar porque estava muito atrasado, a sua irmã Bia ficou rindo porque ele saiu tão apavorado que esqueceu de fechar o portão e o cachorro dele, o Salsicha, foi para a escola com ele.
Chegando na escola, PC quase caiu para trás quando viu sua mãe chegando de mobilete, bobs, pantufa de coelhinho e, para completar, pijama de bolinha para entregar seu uniforme. Ele pensou em não entrar na escola, mas já era tarde, Seu Frederico estava gritando e apressando PC para fechar o portão. Sua mãe correu e colocou seu uniforme na mochila e conversou com Seu Frederico, garantindo que seu filho colocaria o uniforme assim que entrasse.
Não tinha outro jeito, o PC teria que colocar o uniforme, pois Seu Frederico, o porteiro mais enjoado, mais rígido, mais aterrorizador da face da terra não iria deixar nunquinha ele escapulir. Seu Frederico foi um grande tenente coronel do exército, mas agora estava aposentado e trabalhando como porteiro voluntário da escola. Ele tratava os alunos do mesmo jeito que estava acostumado a tratar seus soldados no exército e todos tinham muito medo dele. Só existia mesmo uma única pessoa mais aterrorizante do que ele, ela se chamava Dona Zulia. E justamente naquele dia o primeiro horário era o da Zulia.
Então ele correu para o banheiro, que estava molhado e levou um escorregão e seu uniforme ficou encharcado. Mesmo assim ele foi para a sala, ele não gostava muito de português e muito menos da professora, mas era a matéria que ele mais precisava de nota. No corredor, ele encontrou com seu melhor amigo Café, que disse que a Dona Zulia estava aplicando um teste surpresa e ele quase desmaiou. Apavorado correu para a sala, mas foi barrado pela Dona Zulia porque estava sem uniforme.
PC bem que tentou explicar que seu uniforme estava molhado, mas antes de terminar dona Zulia foi logo falando:
_ Deixa de ser cínico menino! Chega sempre atrasado na minha aula com essas desculpinhas esfarrapadas. Agora vem com mais essa de uniforme molhado. Vá direito para a diretoria! Não aplicarei o teste para você novamente...
PC já não aguentava mais o falatório da Dona Zulia e foi logo desabafando:
_ Eu estou cansado dessas baboseiras. Agora é minha vez de falar. Você é rabugenta e ninguém da escola gosta de você. Você não gosta de dar aula e nem dos alunos. Por que você não sai da escola?
Dona Zulia de tão brava ficou até com os cabelos arrepiados, não conseguia nem andar para ir falar com diretor, estava paralisada. Então, ela mandou PC para a diretoria, mas pediu para um aluno acompanhá-lo, e disse para o aluno que estava acompanhando ele para pedir para o diretor a expulsão dele.
PC chorou, chorou e chorou, implorando para não ser expulso. Ajoelhou e disse:
_ Por favor, por favor, não eu expulsa eu não professora.
A HISTÓRIA CONTINUA NO PRÓXIMO EPISÓDIO.
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1 comentários:
Eu adorei esse texto e muito grade e bom de ler
(Matheus Mendes)
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