terça-feira, 7 de julho de 2015

cinepipoca


Turmas de literatura e audiovisual em sessão de cinema (WALL-E)

Tem coisa melhor para terminar o semestre do que uma boa sessão de cinema? Nós também achamos que não. Para fechar com chave de ouro, cada uma de nossas turmas escolheu um longa metragem, para assistir com direito a pipoca e refrigerante! Seguem abaixo nossas dicas, para quem quiser curtir um bom filme nas férias:

Star Wars - Uma nova esperança: Os Cavaleiros Jedi foram exterminados e o Império comanda a galáxia com punho de ferro. Um pequeno grupo de Rebeldes ousou desafiar a potência roubando os planos secretos da mais poderosa arma do Império, a Estrela da Morte. O servo de maior confiança do Imperador, Darth Vader, precisa encontrar os planos e localizar o esconderijo dos Rebeldes. Aprisionada, a líder dos Rebeldes, Princesa Leia, envia um pedido de socorro que é interceptado por um simples fazendeiro, Luke Skywalker. Seguindo seu destino, Luke aceita o desafio de resgatar a princesa e ajudar a Rebelião a enfrentar o Império, contando com alguns aliados inesquecíveis como o sábio Obi-Wan Kenobi, o presunçoso Han Solo, o fiel Chewbacca e os dróides R2-D2 e C-3PO.

WALL-E: E se a humanidade tivesse que deixar a Terra e alguém esquecesse de desligar o último robô? Depois de centenas de anos sozinho fazendo o que foi projetado para fazer - limpar o planeta - WALL-E descobre um novo propósito na vida (além de coletar sucata) quando encontra uma bela robô de busca chamada EVE. WALL-E e EVE viajam através da galáxia e põem em movimento uma das mais eletrizantes e criativas comédias de aventura já levadas para as telas do cinema. Junto com WALL-E em sua fantástica jornada através do universo de visões nunca antes imaginadas do futuro está um elenco hilariante de personagens que inclui uma barata de estimação e uma heróica equipe de robôs desajustados e defeituosos.

Pocahontas: Reluzindo com canções irresistíveis, diversão e aventura, Pocahontas convida você para entrar em um mundo recheado de musicalidade e animações maravilhosas. A lenda começa quando Pocahontas, a princesa de espírito livre, encontra um misterioso navio com trabalhadores ingleses - e rapidamente se torna amiga do corajoso capitão John Smith. Quando o clima fica pesado entre seus povos, Pocahontas entende que precisa seguir o conselho de sua avó Willow, a sábia árvore falante, para tentar encontrar uma maneira de fazer com que todos vivam em paz juntos. Pocahontas é um clássico para se emocionar, com cinco canções maravilhosas, incluindo Colors of the Wind, vencedora do Oscar em 1995 de Melhor Canção!


"Eu achei o filme muito bom. A parte mais legal é quando a Pocahontas pula no rio. Nesse filme, eu aprendi que nunca se deve fazer nada com ódio nem com ignorância. Adorei o filme e espero que outras pessoas assistam, porque ele é muito legal"
Samuel de Paula

quinta-feira, 18 de junho de 2015

passeio cultural à biblioteca


A caminho do final do semestre, no intuito de ampliar nossos horizontes culturais e aumentar ainda mais o nosso apetite pela leitura literária, decidimos dar uma fugidinha da sala de aula e fazer um passeio. O destino da vez foi a Biblioteca Municipal de Uberlândia: um local histórico de grande importância para a cidade, frequentado por estudantes, pesquisadores, professores e... Contadores de Histórias!


Participantes do projeto com as contadoras de histórias Deysemar e Heloísa
Foto: Douglas Luzz
Na biblioteca, fomos recebidos por Deysemar Carvalho e Heloísa Gomides (participantes do projeto Contação de Histórias), que nos guiaram por um "tour", nos seguintes locais: hemeroteca, sala Braille, sala Uberlândia (onde encontramos dois exemplares do Idéias Incontidas II e III*, na seção "Escritores de Uberlândia"!), telecentro, setor de empréstimos, setor de estudos e, é claro, o setor infantil; onde ouvimos histórias e cantamos tão alto quanto o permitido pelo espaço.


Participantes do projeto com a escritora Martha Pannunzio


No dia 17/06, ainda demos a sorte de encontrar a escritora uberlandense Martha Pannunzio, que nos apresentou seus livros, nos deu autógrafos e ainda nos convidou para o lançamento de sua próxima obra!



A ideia agora é fortalecer laços com a Biblioteca Municipal e envolver as contadoras de histórias em nossa campanha de arrecadação de livros**, para que possamos ampliar nosso acervo e manter contato com essas pessoas tão especiais, que foram tão gentis em nos receber.

Vem coisa boa por aí!

* obras produzidas pelos participantes do projeto, nos anos de 2012 e 2013.
** se quiser colaborar com nossa campanha, clique no ícone CAMPANHA MÊS DO LIVRO (ao lado) e confira nossa lista de sugestões para doação.


Confira no vídeo abaixo um pouquinho do que foi o nosso passeio cultural:



quinta-feira, 11 de junho de 2015

workshops de criação literária


Que semana agitada! Nos últimos dias, recebemos uma convidada pra lá de especial, que além de escritora, professora, revisora, designer de moda e bordadeira (ufa!) é uma velha amiga nossa, responsável pela realização de diversos workshops de criação literária, ao longo de nossa história.

Imagens do "livro bolso"
Entre os dias 09 e 11 de junho, Cleusa Bernardes esteve conosco, promovendo atividades super legais, dentre as quais destacamos: um "livro bolso" de poemas, feito com envelopes de papel (costurados pela ministrante dos workshops); acrósticos* com nossos nomes; e textos nos quais utilizamos quatro figuras de linguagem (a saber: comparação, metáfora, antítese e ironia).

Além de termos nos divertido, aprendemos a utilizar recursos interessantes da língua e tivemos a oportunidade de entrar em contato com uma autora daqui mesmo da nossa terra, inspirando-nos a mergulhar cada vez mais no universo literário. 

Obrigada pela visita dona Cleusa! Estamos ansiosos pela próxima!

* Composição poética em que cada letra de uma palavra dá origem a outra palavra ou frase, quando lida em uma direção diferente.




Para conhecer um pouco mais do trabalho de Cleusa Bernardes, confira o blog
Djanira na Janela e outros poemas, no link a seguir: http://djaniranajanela.blogspot.com.br/

quinta-feira, 21 de maio de 2015

127 anos sem a escravatura


Na semana em que se comemoram os 127 anos da abolição da escravatura no Brasil (13 de maio de 1888), realizamos diversas atividades relacionadas ao tema, passando por discussões acerca da herança deixada pelo trabalho escravo em nosso país e pela leitura de textos como: o poema "Navio Negreiro", de Castro Alves; e o conto "Zito Makoa da 4ª classe", de Luandino Vieira. Além disso, produzimos cartazes divulgando a data, assistimos trechos do filme "Amistad", que retrata com fidelidade algumas das atrocidades pelas quais os povos escravizados passaram; e realizamos brincadeiras como: "Escravos de Jó" e um jogo da memória composto por palavras utilizadas no texto de Castro Alves.

Seguem abaixo alguns de nossos cartazes, uma carta que escrevemos para Zito Makoa e um breve trecho do poema, sobre o qual discutimos:

Produções da Turma de Literatura 3

Querido Zito,

Nossos nomes são Ana Laura, Cassiano, Gabriella, Hemilly, Hevilly, Hítalo, Hugo, Jamila, Lucas, Raissa e Danilo; e nós queremos ser seus amigos. Você é muito legal e nós achamos que a cor da pele não importa. Mesmo não te conhecendo, a gente sabe que você é uma pessoa muito boa. Nós queremos te ajudar a defender Angola. Por tudo o que você passou, nós também passamos. Achamos o seu amigo Zeca muito legal e gostaríamos que ele também fosse nosso amigo. Que tal a gente se encontrar um dia? Vocês podiam vir para o Brasil.

Amamos vocês do fundo da nossa barriga!

Grande abraço!

Produção coletiva da Turma de Literatura 1

Navio Negreiro - Castro Alves

Canto V

Senhor Deus dos desgraçados! 
Dizei-me vós, Senhor Deus! 
Se é loucura... se é verdade 
Tanto horror perante os céus?! 
Ó mar, por que não apagas 
Co'a esponja de tuas vagas 
De teu manto este borrão?... 
Astros! noites! tempestades! 
Rolai das imensidades! 
Varrei os mares, tufão! 

Quem são estes desgraçados 
Que não encontram em vós 
Mais que o rir calmo da turba 
Que excita a fúria do algoz? 
Quem são?   Se a estrela se cala, 
Se a vaga à pressa resvala 
Como um cúmplice fugaz, 
Perante a noite confusa... 
Dize-o tu, severa Musa, 
Musa libérrima, audaz!... 

São os filhos do deserto, 
Onde a terra esposa a luz. 
Onde vive em campo aberto 
A tribo dos homens nus... 
São os guerreiros ousados 
Que com os tigres mosqueados 
Combatem na solidão. 
Ontem simples, fortes, bravos. 
Hoje míseros escravos, 
Sem luz, sem ar, sem razão. . . 

[...]

Confira o poema, na íntegra, em:

sexta-feira, 15 de maio de 2015

desenhando o fOLCLORE


No dia 05 de maio, recebemos uma visita super especial em uma de nossas turmas de criação literária, para o primeiro workshop de ilustração do ano. Pablo Mendonça (arte-educador, músico e ilustrador do grupo Emcantar) foi o responsável pela oficina, durante a qual pudemos conhecer histórias sobre dois personagens do Folclore brasileiro (a Cuca e a Mula-sem-cabeça), além de termos exercitado técnicas para colorir. O trabalho deu continuidade a uma sequência de atividades relacionadas ao Folclore, que contou com brincadeiras e "contação de casos", a respeito de figuras como: o Saci-Pererê, o Lobisomem, a Iara e o Curupira. O tema foi muito estimulante para a turma, que se divertiu em ouvir e narrar histórias, com a cara do nosso povo.




Sobre o assunto, recomendamos a leitura do "Armazém do Folclore", de Ricardo Azevedo, que nos inspirou a começar esse trabalho. Confira abaixo a sinopse da obra:
 
"Riquíssimo depósito de conhecimento humano a respeito da vida e do mundo...", assim Ricardo Azevedo resume o universo de contos, ditados, quadras, brincadeiras com palavras, adivinhas e outras manifestações da cultura do povo brasileiro, a fonte e a raiz de todos os textos do Armazém do Folclore. Com linguagem transparente e iconográfica de rara beleza, este livro dá continuidade ao trabalho de pesquisa que Ricardo vem desenvolvendo desde 1986 e que culminou com o sucesso da obra Meu livro do Folclore.

Estudos da narrativa: O foco narrativo

terça-feira, 28 de abril de 2015

Com o intuito de nos aprofundarmos cada vez mais no universo literário, decidimos começar as oficinas das turmas mais avançadas (participantes com experiência de 1 a 5 anos no programa) analisando cada um dos elementos da narrativa e explorando, em nossas produções, os recursos estudados.

O tema da vez foi o foco narrativo. Segundo Graça Paulino (em “Literatura: participação e prazer”), o narrador é um “porta-voz”, criado pelo autor para apresentar a narrativa ao leitor. Ele pode estar contando uma história da qual faz parte (1ª pessoa) ou apenas narrando os acontecimentos, sem participar deles (3ª pessoa). Para a autora, é importante observarmos sob qual ponto de vista a história é narrada, pois o narrador de 3ª pessoa tende a ser mais objetivo do que o de 1ª (do qual podemos desconfiar, já que ele pode se deixar levar pelos acontecimentos, tornando-se parcial).

Para poder entender tais questões, realizamos uma atividade composta pelas seguintes etapas:

1 – Leitura coletiva do conto “Venha ver o pôr do sol”, de Lygia Fagundes Telles.
2 – Discussão acerca do conto e da voz narrativa: quem é que conta a história?
3 – Produção de uma lista, contendo os personagens da obra.
4 – Discussão acerca do perfil psicológico de cada personagem.
5 – Produção textual em primeira pessoa: se você fosse um dos personagens elencados, como você contaria essa história?
         
Ao final da atividade, comparamos nossos próprios textos com o texto-base e então pudemos compreender as diferenças entre os focos narrativos de primeira e terceira pessoa; contando com esclarecimentos realizados pela arte-educadora Aline Caixeta Rodrigues.

Seguem abaixo algumas de nossas produções, narradas em primeira pessoa, sob três pontos de vista diferentes. Dê uma olhadinha e depois procure ler o texto original, para compará-los!


Venha ver o pôr do sol


Por ela não querer ficar comigo, inventei uma 
grande mentira e não me arrependo.
Thiago Marcos

Eu me chamo Raquel. Um dia desses, meu ex-namorado me ligou, pedindo para eu sair com ele. Ele insistiu tanto que eu aceitei, mas quando eu fui lá, era um cemitério, com uma montanha gigante para subir.
Em volta, tinham crianças brincando e casas pobres. Eu fiquei de saco cheio.
Quando eu cheguei, falei “oi” e ele me respondeu o mesmo, então eu disse:
- Para que você me chamou num lugar desses, esquisito pra caramba?
E ele me respondeu:
- Não Raquel, eu vou te levar para um lugar para ver o pôr do sol mais lindo do mundo.
Então ele inventou uma mentira, me levou para dentro de uma capela, no cemitério e me trancou nas catacumbas.
Me enganou certinho!
Eu gritei, mas ninguém escutou a minha voz.

Cristyan Gabriel Soares Lima



Acordei com um mal-estar, pensando nela: minha ex-namorada. Eu não entendia porque ela me largou, até que me falaram que ela estava com outro. No exato momento, me veio uma raiva e eu falei: “vai ter vingança”.
Convidei ela para vir ver o pôr do sol. Falei que ia ser nosso último passeio. Ela foi e eu levei ela para um cemitério abandonado, no alto de um morro, perto de onde umas crianças estavam brincando.
- Que isso? – disse Raquel – Isso é um cemitério?
- Sim. É que minha prima está enterrada aqui e eu queria te mostrar. Por isso viemos aqui.
Entrando no cemitério, eu levei ela até a catacumba de uma capela e tranquei ela lá dentro. Então fechei a capelinha e fui embora, deixando ela trancada.

Douglas Daniel da Silva Ramos



Eu estava brincando com meus amigos, quando chegou uma moça bonita e elegante, num táxi, com um sapato muito belo. Eu e um dos meus colegas fomos ver o que uma pessoa tão elegante estava fazendo num cemitério abandonado.
Chegando lá, vi a mulher conversando com um homem. Eles entraram numa catacumba e eu ouvi o moço falar que sua prima tinha falecido. Fiquei com muita pena.
Eles ficaram lá e o moço trancou a moça lá dentro. Achei que era uma brincadeira, então saí correndo e fui brincar com as outras crianças, enquanto o sol se punha.
Logo depois, vi o homem sair, mas não vi a mulher. Achei que ela já tinha saído, então nem liguei.
O homem acendeu um cigarro e foi embora, com cara de satisfeito. 

Igor dos Santos




Bibliografia 
Paulino, Graça. Literatura: participação e prazer. Ed. rev. e ampl. São Paulo: FTD, 1988.
Telles, Lygia Fagundes. Venha ver o pôr o sol e outros contos. 20ª ed. São Paulo: Ática, 2007.

Campanha Mês do Livro

quarta-feira, 15 de abril de 2015


Temos uma lista sugestões para te inspirar!





Mentiras e contos de fadas

A primeira semana do mês de abril começou com dois acontecimentos super legais nas oficinas de literatura: no dia 2 (dia mundial do livro infantil), comemoramos o aniversário de Hans Christian Andersen, o pai dos contos de fadas modernos; e no dia 1º... Todo mundo já sabe, não?

O 1º de abril é sempre aquele dia de pregar uma peça nos amigos! Assim, celebramos a mentira e os contos de fadas, com a leitura do conto: “A roupa nova do rei”, que segundo Kátia Canton (p. 9), é um texto no qual “o valor da autenticidade é transmitido com humor”. O conto nos traz a história de um imperador muito vaidoso, que – cego pelo orgulho – é pego numa bela mentira por dois vigaristas, pra lá de espertos.

Inspirados pela história, realizamos uma brincadeira na qual cada um escreveu uma autobiografia repleta de mentiras, para que os colegas tentassem adivinhar quem era o autor do texto. Confira a seguir a produção de Guilherme Henrique (9 anos):

“Meu nome é Roberto Bolanos e eu nasci nos EUA. Hoje moro no México, tenho 200 anos e vivo sozinho com minha televisão. Não gosto de ninguém, sou muito chato e queria ser comediante. Estudo na escola João e o Pé de Feijão e a pior lembrança da minha vida foi quando eu contei uma piada para uma pessoa e ela morreu de tanto rir”.

Ah! E fica aí a nossa dica de leitura: “Era uma vez Andersen: recontado por Katia Canton”, da editora DCL (compilação de seis contos do autor: A rainha da neve; O patinho feio; Polegarzinha; O valente soldadinho de chumbo; A pequena vendedora de fósforos; e A roupa nova do rei).


Hans Christian Andersen

Começando com bons propósitos!

“Todo começo de ano é ocasião de se fazer bons propósitos. São desafios que nos colocamos a nós mesmos para que a vida não seja sempre repetitiva, mas criativa e, quem sabe, surpreendente.”

É assim que Leonardo Boff começa seus “Bons propósitos para o ano novo”, e foi com a leitura deste texto que começamos as oficinas de literatura. Depois de uma breve reflexão sobre a leitura, estabelecemos nossos bons propósitos individuais, a serem realizados na escola, em casa, nas oficinas, com os amigos, com os familiares e com nós mesmos; e os colocamos em folhas que pregamos numa árvore de papel.

Nossa árvore de bons propósitos foi socializada para que pudéssemos perceber o quanto o coletivo é maior do que a soma das partes e para que reforçássemos o nosso compromisso de perseguir nossas metas. Seguem abaixo as fotos de nossa árvore.



Você conhece Leonardo Boff ? Clique aqui e saiba mais!